A draga do tipo Backhoe, contratada para terminar as obras da nova bacia de evolução do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, iniciou os trabalhos. O equipamento, indicado para projetos que exigem grande força hidráulica, promete concluir o aprofundamento da área de manobras dos navios em poucas semanas.

O contrato foi firmado pelo Porto de Itajaí por R$ 40 milhões, que serão pagos em forma de aditivo à multinacional holandesa Van Ord, que é responsável pela dragagem de manutenção permanente do canal de acesso. O transporte da draga, que estava em Santos, foi pago pela Portonave, por R$ 5,5 milhões.

O investimento, por meio de parceria público-privada, foi a solução encontrada para que o trabalho da bacia não se perdesse. Em abril, o Estado considerou as obras concluídas de acordo com o contrato, que previa dragagem de 3 milhões de metros cúbicos. Foram investidos R$ 128 milhões.

Trabalho lento

Ocorre que entraves aumentaram o assoreamento – a obra precisou ser paralisada durante o período de defeso do camarão, por exigência ambiental, e o ritmo lento de trabalho (a Triunfo, empresa responsável, passa por dificuldades financeiras e está em recuperação judicial) fizeram com que o volume contratado fosse insuficiente para chegar à profundidade necessária para as manobras. O Estado alegou não haver mais possibilidade de novos aditivos, nem de prazo, nem financeiro, e a obra paralisou.

Setembro

A decisão do Porto de Itajaí de retomar os trabalhos demandou aprovação na Câmara de Vereadores. O aditivo foi assinado no início deste mês, e a previsão é que as obras da bacia estejam concluídas até setembro. Considerando os prazos de homologação, por parte da Marinha, a expectativa é que a nova área de manobras seja liberada até o fim deste ano.

Grandes navios

A bacia de evolução é considerada fundamental para manter a competitividade do Complexo Portuário. Hoje, os portos de Itajaí e Navegantes recebem embarcações de no máximo 305 metros. Com a nova bacia, o limite salta para 336 metros – tamanho dos maiores navios que hoje navegam a costa brasileira.

Fonte: NSC Total

Foto: Porto de Itajaí


A mineradora Vale considera construir ferrovia e porto no Pará para atender possível expansão da capacidade de produção de Carajás Serra Sul, para 150 milhões de toneladas por ano, afirmou a empresa em uma apresentação publicada nesta terça-feira.

A ferrovia em avaliação teria 400 quilômetros e iria conectar a Estrada de Ferro Carajás (EFC) ao Porto da Vila do Conde. Segundo a empresa, a medida poderia contribuir com o “desengargalamento” do Porto de Ponta da Madeira, no Maranhão, por onde a Vale hoje escoa o minério de sua maior mina. A empresa havia informado, há cerca de um mês, que estava avaliando dobrar a produção na Serra Sul de Carajás, no Pará, onde está a mina gigante S11D, em Canaã dos Carajás (PA), após 2020, para 150 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.

Hoje a companhia produz em Serra Sul apenas no S11D, que entrou em operação comercial em janeiro de 2017 e ainda está em fase de desenvolvimento. Outras áreas geológicas podem ser exploradas na região. A possibilidade de expandir as atividades ao Norte do Brasil ocorre enquanto a mineradora tem diversas operações paralisadas em Minas Gerais, em meio a uma revisão de segurança devido ao rompimento fatal de uma barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro.

O anúncio ocorre ainda quase um mês após a assinatura de um memorando de entendimentos com o grupo China Communications Construction Company (CCCC) para a instalação de uma laminadora de aço em Marabá, um dos pontos por onde passa a EFC, com investimento de 450 milhões de dólares. Na ocasião, as empresas não explicaram de onde viria o aço a ser utilizado pela laminadora, e o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, afirmou em entrevista acreditar que o projeto precisaria exportar a partir de infraestrutura de minério da Vale.

A Vale não deixou claro nesta terça-feira, no entanto, se a nova ferrovia que está sendo considerada também poderia atender a possível laminadora para trazer aço e exportar o produto acabado.

Fonte: Marta Nogueira – Reuters News Agency


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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de grãos e fibras na safra 2018/19 para 238,9 milhões de toneladas. ante as 236,7 milhões previstas em maio. Se confirmado, o volume será o segundo maior da história, 4,9% maior que o ciclo 2017/18.

A estimativa de área de plantio também foi elevada pela estatal em 0,1%, para 62,91 milhões de hectares; 1,9% mais que na última temporada. Com o clima favorável nas principais regiões produtoras, a Conab ajustou para cima seu cálculo para a produtividade média das lavouras. A estimativa passou a ser de 3.797 quilos por hectare, ante a média de 3.768 estimada no mês passado e os 3.689 quilos por hectare de 2017/18.

A soja continuará a puxar a colheita brasileira, com 114,8 milhões de toneladas em 2018/19, 0,5% mais que o estimado do mês passado mas volume ainda 3,7% inferior ao recorde registrado em 2017/18.

Já a produção de milho agora é prevista em 97,01 milhões de toneladas, sendo 26,33 milhões no verão (queda de 1,8% ante 2017/18) e 70,68 milhões no inverno (alta de 31,1% na comparação com a safrinha passada, que teve forte quebra).

No caso do trigo, a área cultivada deverá mesmo ficar em 1,97 milhão de hectares, como calculado no mês passado, o que representa uma queda de 3,4% ante 2017/18.

Mas mesmo com essa queda a produção brasileira do cereal tende a crescer na comparação entre safras devido ao aumento de rendimento. Para a Conab, a produtividade média ficará em 2.774 quilos por hectare, 0,2% mais que o previsto no mês passado e 4,4% maior que em 2017/18.

Com isso, a produção nacional de trigo foi prevista em 5,47 milhões de  toneladas, o mesmo que o calculado mês passado e 0,9% superior à colheita do ciclo 2017/18.

Fonte: Portos e Navios


A  Portos e Navios falou sobre a concessão do canal santista e a gente compartilha com você.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo lançou, nesta terça-feira (11), a chamada pública para recebimento de projetos, levantamentos, investigações e estudos técnicos para a modelagem da concessão do canal do Porto de Santos. De acordo com  edital, a doação dos estudos não tem qualquer ônus para a Codesp e não obriga sua utilização na confecção da documentação para a licitação do canal. Os interessados têm 30 dias corridos para solicitar autorização para elaborar os estudos e outros 100 dias para apresentá-los à autoridade portuária.

A Codesp pretende lançar, em 2020, o edital para a concessão do canal de acesso ao porto, que deve incluir as dragagens de manutenção e aprofundamento do canal, bacias de evolução e berços de atracação; batimetrias e homologação das profundidades; além do serviço de apoio portuário (rebocadores); monitoramento ambiental e remediação; atendimento de emergências; sinalização e balizamento; e sistema de informação e gerenciamento do tráfego de embarcações (VTMIS).

“O intuito é que o chamamento sirva como forma de democratizar a participação privada na estruturação da concessão, de forma que o edital de licitação lançado seja o mais aderente possível às demandas do porto e da comunidade portuária”, explica o diretor-presidente da Codesp, Casemiro Tércio Carvalho. O edital e anexos do chamamento estão disponíveis no site da Codesp, na aba “legislação”.

Fonte: Portos e Navios


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O Globo fez uma matéria falando sobre esta pesquisa, e a gente compartilha aqui com vocês.

As toneladas de lixo flutuante retiradas mensalmente da Baía de Guanabara mostram a face visível de um problema antigo: a poluição.  Uma pesquisa realizada na PUC revela que a Baía é uma das áreas mais poluídas por microplásticos no mundo. Os pesquisadores chegaram ao resultado comparando o nível de sujeira registrado ali com outros estudos. As partículas são inferiores a cinco milímetros e representam grande risco para o ambiente marinho.

Durante o estudo, que durou dois anos, a mestre em química Glaucia Olivatto encontrou uma média de 7,1 itens por metro cúbico nas amostras coletadas perto do Aeroporto Santos Dumont, do Museu do Amanhã e da Ilha do Fundão. Uma pesquisa semelhante na Enseada de Jurujuba, em Niterói, realizada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), apontou uma concentração ainda maior. A bióloga marinha Rebeca Castro encontrou 16,4 itens por metro cúbico.

Em outros estados, conforme apontam pesquisas, a maior concentração encontrada foi de 14 itens por metro cúbico, no estuário do Rio Goiana, em Pernambuco. Esse resultado, no entanto, foi obtido em 2015 a partir de amostras coletadas após tempo chuvoso. Mundo afora, os índices em enseadas ou mar fechado são bem menores. Especialistas encontraram na Baía de Brest, na França, 0,24 item por metro cúbico. Maior que isso, só no Mediterrâneo Ocidental e no Mar Adriático, onde o resultado, em 2016, foi de um item por metro cúbico.

Microplástico de composição química, o polietileno foi o tipo mais encontrado nas amostras de Glaucia e Rebeca.

— O material pode ser resultado da fragmentação de objetos plásticos maiores ou ter sido transportado para as águas da Baía através dos efluentes domésticos — explica Glaucia. — Micropartículas do polietileno são utilizadas na formulação de produtos cosméticos, como os sabonetes esfoliantes. Com tamanho tão reduzido, boa parte pode não ser retida nas estações de tratamento de esgoto.

Morte das tartarugas

Apesar de minúsculos, os resíduos são um risco enorme para a vida marinha, diretamente exposta a essas partículas. Peixes, mexilhões e tartarugas são as principais vítimas. Os animais confundem microplásticos com comida e não conseguem digerir o material, provocando sua morte por sufocamento ou desnutrição, já que se sentem saciados com o suposto alimento. Pelo menos 80% das tartarugas encontradas mortas apresentam lixo — a maioria plástico — em seu organismo, de acordo com a bióloga Larissa Araújo, do projeto Aruanã, da UFF, que monitora a qualidade de vida das tartarugas na Baía.

— É um problema geral e que nos atinge diretamente, principalmente através do consumo de peixes e outros derivados do mar. Praticamente todos os animais que consumimos, tem a presença do microplástico, sem contar que há peixes que conseguimos identificar o resíduos sólidos presentes no seu organismo — ressalta Larissa.

Os impactos dessa contaminação para a saúde humana ainda são analisados pelos cientistas. Mas há estudos que indicam a presença de substâncias tóxicas e cancerígenas nos microplásticos.

— Esse quadro tem solução se mudarmos nosso dia a dia, como o consumo exagerado e supérfluo de descartáveis. Além de políticas públicas, é preciso rever hábitos individuais e coletivos — observa Rebeca.

A maior parte dos detritos plásticos encontrados na Baía de Guanabara vem do descarte de resíduos das atividades marítimas, que envolvem estaleiros e portos, práticas esportiva e pesqueira e cruzeiros turísticos. A distribuição dos microplásticos no ambiente marinho é influenciada por diversos fatores, entre eles a fonte poluidora e as correntes oceânicas. Os resíduos podem ser transportados para locais distantes. A presença de microplásticos já foi relatada na Ilha de Trindade, uma das maiores reservas marinhas do mundo, que fica no litoral do Espírito Santo.

Dos microplásticos encontrados no mar, há os já produzidos em tamanho microscópico, que compõem geralmente a formulação de produtos cosméticos e de higiene pessoal. Também existem as partículas geradas pela fragmentação de plásticos maiores descartados no meio ambiente, como copos, garrafas e sacolas.

O nível de contaminação, afirma Glaucia, deveria servir como alerta para os responsáveis pela fiscalização e implementação de políticas de resíduos sólidos e de uso de plásticos descartáveis. Na raiz desse problema invisível, estão a ineficiência do manejo do lixo nas bacias de drenagem e a falta de educação — ou bom senso — da população.

Para o presidente da Route Brasil, ONG de conscientização ambiental, Simão Felipe Costa, as indústrias têm expressiva influência nesse tipo de poluição.

— O volume de material plástico gerado pelas indústrias é gigantesco. A adequação do mercado é muito importante, precisamos agilizar esse processo — adverte.

Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o sistema de ecobarreiras retém cerca de 200 toneladas de resíduos sólidos — em sua maioria plástico —todo mês. Oceanógrafo e professor da Uerj, David Zee sugere investir em unidades de tratamento nas embocaduras do rios que deságuam na Baía, na regularização dos aterros sanitários e na coleta seletiva. A Secretaria estadual do Ambiente disse que trabalha para fazer da educação ambiental uma política pública. O órgão lançou o concurso “Inovação em resíduos sólidos”, para estimular iniciativas e tecnologias sustentáveis.

 

Fonte e mais dados da Pesquisa: https://oglobo.globo.com/rio/concentracao-de-microplasticos-na-baia-de-guanabara-uma-das-maiores-do-mundo-23713470

 

Foto: Pexels


Sem dúvida, o ano de 2015 apresentou uma oportunidade histórica e sem precedentes para reunir os países e a população global e decidir sobre novos caminhos, melhorando a vida das pessoas em todos os lugares.

Em setembro de 2015, chefes de Estado, de Governo e altos representantes da Organização das Nações Unidas reuniram-se em Nova York e adotaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a qual inclui os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A nova Agenda  propõe uma ação mundial coordenada entre os governos, as empresas e a sociedade civil para alcançar os 17 ODS e suas 169 metas, de forma a erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.

Essas decisões determinarão o curso global de ação para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.

Você sabe o que é Desenvolvimento Sustentável?

O desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas próprias necessidades. Demanda um esforço conjunto para a construção de um futuro inclusivo, resiliente e sustentável para todas as pessoas e todo o planeta. Para que seja alcançado, é crucial harmonizar três elementos centrais: crescimento econômico, inclusão social e proteção ao meio ambiente.

Erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões é um requisito indispensável. Para esse fim, deve haver a promoção de um crescimento econômico sustentável, inclusivo e equitativo, criando melhores oportunidades para todos, reduzindo as desigualdades, elevando padrões básicos de vida, estimulando a inclusão e o desenvolvimento social justo, e promovendo o gerenciamento integrado e sustentável dos recursos naturais e dos ecossistemas.

O que são os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?

Os 193 países-membros das Nações Unidas adotaram oficialmente a nova agenda de desenvolvimento sustentável, intitulada “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, na Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, realizada na sede da ONU em Nova York, em setembro de 2015. Essa agenda contém 17 Objetivos e 169 metas:

ODS 1 – Erradicação da pobreza

Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.

ODS 2- Fome zero e agricultura sustentável

Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoraria da nutrição e promover a agricultura sustentável.

ODS 3- Saúde e bem-estar

Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

ODS 4 – Educação de Qualidade

Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

ODS 5 – Igualdade de Gênero

Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

ODS 6 – Água potável e saneamento

Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.

ODS 7 – Energia acessível e limpa

Assegurar a todos o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia.

ODS 8 – Trabalho descente e crescimento econômico

Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos.

ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura

Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.

ODS 10 – Redução das desigualdades

Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.

ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis

Tornar as cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

ODS 12 – Consumo e produção Responsável

Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.

ODS 13 – Ação contra mudança global do clima

Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e os seus impactos.

ODS 14 – Vida na água

Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, mares e os recursos marinhos, para o desenvolvimento sustentável.

ODS 15 – Vida Terrestre

Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, e deter a perda da biodiversidade.

ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes

Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

ODS 17 – Parcerias e meios de implementação

Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Os novos Objetivos são parte de uma agenda ambiciosa e ousada que terá foco nos três elementos interligados do desenvolvimento sustentável: crescimento econômico, inclusão social e proteção ao meio ambiente.

Os Objetivos e metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são globais em sua natureza e universalmente aplicáveis, levando em conta diferentes realidades nacionais, capacidades e níveis de desenvolvimento, bem como respeitando políticas e prioridades nacionais. Eles não são independentes entre si – eles precisam ser implementados de uma forma integrada.

Os ODS são o resultado de um processo transparente de três anos de duração, inclusivo e participativo com todas as partes interessadas. Eles representam um acordo sem precedentes em torno das prioridades de desenvolvimento sustentável entre os 193 Estados Membros da ONU. Eles têm recebido apoio global de sociedade civil, setor privado, parlamentares e outros atores.

Por que as pessoas e as organizações devem se importar com os ODS?

Trabalhar para alcançar os Objetivos Globais tornará o mundo melhor para as gerações futuras – o mundo que elas viverão. Devemos aproveitar essa oportunidade para mudar nosso mundo para melhor. Entendemos o que podemos e devemos fazer para erradicar a extrema pobreza, a fome e o sofrimento desnecessário, e podemos construir uma comunidade mundial que provê a todos os seus cidadãos o direito igual para viverem suas vidas em plenitude – tudo isso sem prejudicar o planeta.

Fonte: ONU

A PortoEX é signatária do Movimento Nacional ODS SC, para saber mais sobre ele acesse: https://sc.movimentoods.org.br/

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A partir do mês de Junho, o trecho entre os portos de Suape (PE) e Santos (SP) voltará a ter serviço expresso de cabotagem (navegação costeira), a reportagem é da Folha de São Paulo.

Com esta mudança as operações entre o maior porto do Nordeste e o de Santos, o mais importante do país, reduzirá o tempo de navegação para três dias. Hoje, na rota Santos-Suape, as embarcações chegam a levar a oito dias; no sentido inverso são quatro dias.

“Muitas vezes a cabotagem não se viabilizava por causa do tempo [de navegação]. Com caminhão é tudo mais simples, você coloca as mercadorias e, em três ou quatro dias, ela está entregue no destino. O serviço expresso é uma forma de competir com o transporte rodoviário”, disse Leonardo Cerquinho, presidente do Porto de Suape.

No mês de maio, a reportagem da Folha mostrou que, depois da paralisação dos caminhoneiros até fevereiro deste ano, o transporte de contêineres pela costa brasileira cresceu 18%. Com isso, segundo especialistas em logística, o movimento se fortaleceu após a criação da tabela do frete, que acabou encarecendo o transporte rodoviário de cargas em alguns trechos do país, em especial aqueles no sentido de descida (como Nordeste-Sudeste), impulsionando o transporte aquaviário.

A ideia, afirma Cerquinho, é agilizar mais o trâmite naval. “Buscamos junto ao terminal de contêineres daqui e à Secretaria da Fazenda do estado criar condições para que esse processo ocorra de maneira mais rápida possível.” Para ele, a cabotagem é subutilizada no país, e a capacidade atual permite uma expansão do serviço.

De acordo o Ilos (Instituto de Logística Suplly Chain), de junho de 2018 a fevereiro de 2019 a cabotagem cresceu 14,8% doSul/Sudeste para o Nordeste. No sentido inverso, a alta foi de 21,3%.

Anualmente, por transporte rodoviário, sobem de São Paulo a Pernambuco três milhões de toneladas de carga, enquanto no mesmo trecho, em todo o ano passado, subiram 508 mil toneladas via navegação costeira, segundo o Ilos.

Os setores de alimentos, bebidas, eletroeletrônicos, eletrodomésticos linha branca, móveis e produtos de limpeza são os que mais usam a rota naval e devem se beneficiar do serviço expresso, segundo Suape.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05/maior-porto-do-nordeste-volta-a-ter-rota-direta-com-santos.shtml

Foto: Usina de Filmes/Suape


Na quarta-feira (1/5), o Porto de Imbituba realizou o embarque de cinco mil cabeças de gado, destinados ao Porto de Iskenderun, localizado na costa mediterrânea da Turquia. A operação foi recorde em número de animais já exportados pelo terminal. A Agência Marítima Imbituba gerenciou o embarque e a empresa Simetria ficou responsável pela operação, que durou aproximadamente 13 horas.

Os cinco mil animais foram comprados de cerca de 200 propriedades rurais, prestigiando pequenos produtores da região. “O porto cumpre uma de suas missões de se fortalecer como multipropósito, sobremaneira sendo um parceiro público junto aos empresários e a comunidade, impulsionando o fluxo de riquezas que o nosso estado oferece”, destaca o presidente da SCPar Porto de Imbituba, Jamazi Alfredo Ziegler.

A Turquia é atualmente o país que mais importa bois vivos do Brasil, por motivos político-econômicos e também religiosos, uma vez que a população muçulmana segue regras específicas de alimentação, respeitando as tradições islâmicas. Servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) realizam a fiscalização e certificação desse tipo de operação.

Normas garantem cuidado com os animais

A Instrução Normativa 46/2018 do Mapa estabelece normas técnicas para a exportação de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos vivos. Uma delas é que o Estabelecimento Pré-Embarque (EPE) esteja localizado a no máximo 8 horas de viagem do porto. O EPE de Imbituba fica a 15 minutos da área portuária.

Além disso, os animais ficam em quarentena durante 21 dias para que seis doenças sejam testadas, como a brucelose e tuberculose. As exigências sanitárias variam de acordo com o país de destino da carga. Por se tratar de carga sensível, a autoridade portuária prioriza as portarias e balanças para esta operação. “Além de questões sanitárias, também é fiscalizado o cumprimento de pré-requisitos de bem-estar animal. Em hipótese alguma são permitidas situações que configurem maus tratos aos animais”, explica Jorge Rosenfeld Kroeff, auditor fiscal federal agropecuário e médico veterinário do Mapa, que acompanhou integralmente a operação.

O Porto de Imbituba é o único em Santa Catarina que opera a exportação de cargas vivas. O primeiro lote de terneiros foi embarcado em maio de 2016. Na ocasião, 4,2 mil bovinos foram enviados à Turquia.

 


Objetivo é reduzir tempo de transporte para minimizar descartes por problemas logísticos.

Médicos e pesquisadores da Universidade de Maryland, em Baltimore, acabam de realizar um feito que pode ajudar a reduzir as filas de transplante em todo o mundo. Em demonstração inédita, eles usaram um drone especialmente modificado para transportar um rim, que foi implantado numa paciente com falência renal. O voo foi curto, de apenas cinco quilômetros, mas ilustra o potencial desses equipamentos como método mais rápido, seguro e, principalmente, com maior disponibilidade para o transporte de órgãos.


Um novo estudo revelou que pequenos pedaços de plástico podem viajar até 100 quilômetros pelo ar, atingindo, inclusive, áreas remotas no alto de montanhas.

Microplásticos são pedaços minúsculos do material, medindo abaixo de 5 milímetros.

Os autores do estudo, publicado na revista “Nature Geoscience”, descreveram o plástico como “um dos principais desafios ambientais desta geração”. Fabricantes produziram cerca de 335 milhões de toneladas do material em 2016.

Pesquisas anteriores já mostraram como os microplásticos povoam corpos de água, navegando pelos rios até contaminar os oceanos. Mas agora, cientistas estão comprovando que esse material também consegue viajar para outros lugares.

Para esse novo estudo, uma equipe pesquisadores foi até a estação meteorológica de Bernadouze em uma área “remota e primitiva” dos Pireneus franceses. A área é pouco povoada e usada principalmente por visitantes que fazem caminhadas, esquiam ou para pesquisas científicas. Não há infraestrutura industrial, comercial ou agrícola nas proximidades.

Durante um período de cinco meses durante o período de inverno de 2017 a 2018, eles coletaram amostras de ar do local. Poliestireno e polietileno foram os plásticos mais comumente encontrados. Estes são amplamente utilizados em produtos de uso único, como recipientes para alimentos. O polipropileno, encontrado em alguns têxteis, representou 18% dos resultados.

“Este é o primeiro estudo que mostrou que os microplásticos são transportados atmosfericamente”, disse Deonie Allen, cientista atmosférico ambiental do Laboratório de Ecologia Funcional e Ambiental de Toulouse, França, e co-autor do estudo, em entrevista à revista “Newsweek”. Segundo Allen, a equipe esperava encontrar algumas partículas de microplástico, mas não tantas. “A descoberta de partículas de microplástico nesta área montanhosa remota reforça o fato de que a poluição plástica não é apenas um problema de cidade, rio ou mar ”, afirmou à revista.

Para Steve Allen, cientista da Universidade de Strathclyde, na Escócia, e também autor do estudo, disse à “Newsweek” que agora é preciso identificar o quão longe o microplástico pode viajar. Na opinião do pesquisador, também é importante cobrar ação dos governantes para reduzir a poluição e contaminação por esse material.

De acordo com Stephanie Wright, pesquisadora do Centro MRC-PHE de Meio Ambiente e Saúde da Universidade King’s College em Londres, não é surpreendente que o microplástico tenha sido encontrado em um ambiente intocado, dada a sua baixa densidade e natureza difusa.

Mas, em entrevista à “Newsweek”, Wirght disse que, uma vez que sabemos muito pouco sobre as emissões de microplásticos para a atmosfera, é difícil concluir exatamente até onde eles viajaram.

Plástico nas águas
A contaminação de microplástico nos oceanos já é bem mais conhecida do que a presença do material na atmosfera. Vários estudos já mostraram a presença de microplásticos nos sistemas digestivos de animais marinhos encalhados, por exemplo.

Em uma outra pesquisa, publicada na terça-feira (16) na revista Nature Communications, pesquisadores britânicos calcularam um aumento significativo neste século na quantidade de plástico flutuando no Atlântico Norte e em mares adjacentes.

Eles descobriram que houve um aumento de mais de 10 vezes desde 2000 na quantidade de plástico que se emaranhou no Continuous Plankton Recorder (CPR) – um instrumento de amostragem que foi rebocado por mais de 12 milhões de quilômetros (6,5 milhões de milhas náuticas) na área do Atlântico Norte desde 1957.

O equipamento recolhe amostras de plâncton. Examinando as amostras, os pesquisadores descobriram que, antes de 2000, o dispositivo de coleta ficava preso em grandes pedaços de lixo de plástico em menos de uma em 200 saídas. Mas agora, os pesquisadores precisam parar para desembaraçar sacolas plásticas, equipamentos de pesca e outros detritos depois de uma em 20 redes de arrasto.

Equipamentos de pesca, como rede e linha, são os principais problemas, representando 55% dos emaranhamentos de plásticos encontrados.

Fonte: Revista Planeta


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