A indústria nacional teve um desempenho pior do que o esperado no ano passado, impactada pela queda nas exportações de manufaturados para a Argentina, na avaliação do ex-diretor do Banco Central e consultor da Schwartsman e Associados, Alexandre Schwartsman. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial brasileira cresceu 1,1% em 2018, mas a trajetória ao longo dos meses foi de perda de ritmo, segundo a Pesquisa Industrial Mensal.

Para ele, 2019 pode ser um ano melhor para a indústria, se o mercado interno se aquecer e conseguir compensar parte da queda das vendas de manufaturados para o exterior. Mas, para isso, diz, o governo deve aprovar um pacote de concessões e avançar nas reformas estruturais. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Os números mostram que o crescimento da indústria passou a ser menos intenso a partir de junho de 2018. Podemos atribuir isso à greve dos caminhoneiros, em maio passado?

Acho que é dar peso demais para a greve. A queda foi grande em maio, mas em junho já havia sido superada. Desconfio que o que afetou a indústria brasileira mais fortemente foi o colapso das exportações para a Argentina. A queda das exportações, pelos números dessazonalizados, entre maio e dezembro, chegou a 30% – e a 70% no caso dos automóveis.

As dificuldades da economia argentina acabaram pesando nos resultados da nossa indústria?

Sim. É preciso lembrar que quase todos os produtos que o Brasil exporta para a Argentina são manufaturados. Há uma dissociação do comportamento do consumo no Brasil, que deu sinais de recuperação, com o comportamento da indústria no segundo semestre do ano passado, que foi fraco. Acredito que as exportações para a Argentina acabaram pesando nesse sentido.

O que precisa ser feito para que a indústria tenha um 2019 melhor?

Não precisa encher o balão pelo mesmo buraco que furou. Se a Argentina está em grave crise e sem sinais claros de recuperação, as vendas para lá não parecem ser um bom caminho agora para a indústria nacional ter um resultado melhor este ano. É preciso garantir um crescimento mais forte da demanda interna. A demanda interna vai ter de recuperar parte da tração perdida pelo mercado externo. Vai ser preciso fazer com que o varejo cresça um pouco mais este ano.

Mas há sinais de que o ano será melhor?

Há algum sinal de melhora. A recuperação pode vir por meio do aumento do consumo interno de bens duráveis, como os automóveis, reprimido durante a crise, apesar de a recuperação da massa salarial não ser brilhante. O juro real tem caído um pouco mais, o que ajuda na recuperação do mercado interno. A nossa projeção é que a produção industrial cresça entre 2% e 2,5%, acima do 1,1% do ano passado.

Quais medidas econômicas podem ser tomadas para acelerar a recuperação da indústria?

A política econômica está muito travada e não tem espaço para um estímulo fiscal, como redução de impostos para compra de automóveis ou eletrodomésticos, que foi feita no passado. Vai ser preciso, então, conseguir deslanchar as concessões e fazer as reformas estruturais, para derrubar mais os juros de longo prazo e ajudar na concessão de crédito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Com as três próximas rodadas de concessão de aeroportos previstas, todos os terminais do país estarão sob controle da iniciativa privada e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) será extinta. Todo o processo deve estar consolidado em quatro anos, segundo o diretor do Departamento de Políticas Regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro Glanzmann. Segundo ele, o processo da quinta rodada está desimpedido, depois que o governo do Espírito Santo retirou a ação civil pública contra o leilão em bloco do aeroporto de Vitória com o de Macaé, no norte fluminense. Os editais da quinta rodada foram lançados no fim de novembro para licitar 12 aeroportos, divididos em três blocos. Juntos, esses terminais recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. São eles: Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB); Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop (MT); e Vitória (ES) e Macaé (RJ).

Glanzmann explica que, após esta rodada, prevista para ocorrer no dia 15 de março, a Infraero permanece operando 44 aeroportos e já foi anunciada a sexta rodada de concessões, que terá aberto o chamamento para os estudos de viabilidade logo após o leilão de março. “São cerca de 20 aeroportos, divididos em três blocos, liderados por Goiânia, Manaus e Curitiba (foto). Nosso processo de concessão é bastante maduro, a gente gasta cerca de um ano e meio entre o início dos estudos e o leilão. Então no segundo semestre de 2020 fazemos o leilão da sexta rodada e abrimos os estudos para a sétima e derradeira rodada que são mais três blocos, com mais cerca de 20 aeroportos. Um encabeçado por Belém, outro pelo Santos Dumont [no Rio de Janeiro] e o outro liderado por Congonhas [em São Paulo]. Com isso, chegamos ao final do governo Bolsonaro com toda a rede Infraero concedida e sendo operada por empresas privadas”, enumerou.

De acordo com o diretor da SAC, estudos preliminares indicam a necessidade de R$ 8,8 bilhões em investimentos para esses 44 aeroportos ainda não licitados ao longo de 30 anos de exploração. Para a quinta rodada, ele informa que a Anac recebeu mais de 500 pedidos de esclarecimentos e muitos pedidos de visitas aos terminais, com 11 ou 12 empresas interessadas no processo, inclusive da Europa, Ásia e Estados Unidos. Atualmente, oito operadores administram os dez aeroportos brasileiros concedidos. Segundo Glanzmann, após a sétima rodada de concessões dos aeroportos, deve ser iniciada a extinção da Infraero. “Em quatro anos nós teremos todos os aeroportos da Infraero concedidos, transferidos para a iniciativa privada. A partir daí, será inaugurado um processo de extinção gradativa da empresa, feita com muita responsabilidade e transparência”, anunciou.

Glanzmann tratou de alinhamentos estratégicos entre os órgãos do governo para o setor de aviação. Entre os desafios para o ano, o brigadeiro destacou a realização da Copa América de futebol no país, entre os dias 14 de junho e 7 de julho nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador. De acordo com o brigadeiro, outro desafio são os drones que interferem no espaço aéreo. Em maio um seminário irá debater a questão.

Fonte: Revista Amanhã


Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Portos e Navios de Responsabilidade Socioambiental. A distinção, criada em 2018, premia anualmente um projeto de responsabilidade socioambiental desenvolvido por terminal ou autoridade portuária.

O objetivo é incentivar iniciativas que mitiguem impactos ambientais da atividade portuária, ou contribuam para a preservação/desenvolvimento ambiental na área de abrangência, ou contribuam positivamente para o desenvolvimento social da coletividade em sua área de influência.

O prêmio será entregue durante o Ecobrasil 2019 – XV Seminário Nacional sobre Indústria Marítima e Meio Ambiente, dias 14 e 15 de maio, no Hotel Mirador, Copacabana, Rio de Janeiro.

Uma placa alusiva à premiação será entregue ao final do segundo dia do evento ao projeto mais bem avaliado.

Dentre os projetos enviados à Portos e Navios, três serão selecionados pela comissão organizadora e serão apresentados durante o primeiro dia do seminário. A avaliação para indicação do vencedor será feita entre os participantes do evento, constituído majoritariamente por gestores ambientais, autoridades ambientais, autoridades governamentais, consultores, advogados e representantes da Marinha do Brasil.

Para participar, terminais e autoridades portuárias devem enviar um resumo em até quatro mil caracteres, contendo:

• Descritivo, justificativas, metas

• Data de início do projeto

• Etapa em que se encontra

• Cronograma/etapas e tempo de execução

• Desdobramentos possíveis ou previstos

• Capital investido

• Material humano mobilizado e número de voluntários envolvidos

• Resultados mensuráveis obtidos

Fonte: Portos e Navios


Os estivadores conseguiram uma vitória na batalha judicial que envolve a utilização de mão de obra avulsa e da vinculada nos terminais de contêineres no Porto de Santos. O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra da Silva Martins Filho suspendeu temporariamente a aplicação da decisão de 2015 que desobrigou as empresas a requisitarem avulsos a partir de 1º de março.

Em liminar (decisão antecipada e de efeito imediato) na ação iniciada pelo Sindicato dos Estivadores (Sindestiva), o ministro escreveu que o uso de 100% de trabalhadores próprios dos terminais viola a Lei dos Portos, que prevê o emprego de avulsos.

Ele observou que os percentuais de vinculados e avulsos não estão especificados na legislação, mas destacou que operar só com mão de obra própria “tornará letra morta o comando legal de garantia de aproveitamento de avulsos no trabalho portuário”.

Considerando haver risco de dano irreparável aos trabalhadores, com chance “de desemprego em massa no Porto de Santos”, Ives Gandra ordenou a suspensão da autorização dada em 2015 para utilização exclusiva de vinculados a partir de 1º de março, mantendo um mínimo de 25% de avulsos. Isso até que haja uma decisão definitiva no processo.

“É uma decisão muito importante, porque a vontade dos terminais era exterminar os avulsos. Mostrou-se a verdade e esperamos confirmar isso no julgamento do mérito”, declarou o presidente do Sindestiva, Rodnei Oliveira da Silva, o Nei.

O advogado do sindicato, Marcelo Vaz, destaca o entendimento de que a livre requisição viola a Lei dos Portos. Para ele, a vitória é uma quebra de paradigma porque a categoria estaria ameaçada a partir do dia 1º.

Outro lado

Em nota, a Câmara de Contêineres do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) informou que se manifestará quando for notificada da decisão. O Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) de Santos não quis se pronunciar.

Fonte: A Tribuna

 


Plástico levado por correntezas fica preso em pedras ao lado de ‘berçário’ de peixes e corais.

Fernando de Noronha é um dos lugares de maior preservação da vida marinha no Brasil. Ao mesmo tempo um parque nacional marinho e uma área de proteção ambiental, o arquipélago pode se vangloriar de ter vida intensa em suas águas .

Mas, além de enfrentar o problema do tratamento do próprio lixo, a ilha já sofre as consequências da crescente poluição dos oceanos, especialmente por plásticos.

A ameaça é visível no Pontal do Atalaia, uma das piscinas naturais de Noronha. O acesso limitado de 96 pessoas por dia não impede que o plástico se acumule na faixa de areia da praia.

A trilha que leva ao local dura cerca de 30 minutos de caminhada – se o trajeto não estiver com lama – e cada grupo de visitantes pode ficar apenas meia hora na piscina. O uso de protetor solar é proibido e é preciso usar colete salva-vidas para boiar e não encostar no fundo.

Turistas mergulham na piscina natural do Atalaia em Fernando de Noronha — Foto: Fábio Tito/G1

Lixo que vem do oceano

Quando a maré sobe, as pedras do Atalaia acabam funcionando como um filtro e retêm os inúmeros pedaços de plásticos. Abaixo das pedras o que se vê é assustador: inúmeras tampinhas plásticas, seringa, escova de dentes, plástico de várias formas. O plástico pode demorar até 100 anos para se decompor, mas com o sol e a água salgada ele vai mudando de tamanho.

Pedras na praia do Atalaia, em Fernando de Noronha, escondem lixo que vem do mar. — Foto: Fábio Tito/G1

Estes “restos” de plástico são chamados de microplástico, mesmo que nem sempre eles sejam micro.

“O plástico que chega no Atalaia vem através das correntes marítimas da região. Normalmente, vêm de embarcações que cruzam aqui próximo a ilha, são de carga ou cruzeiros. E também lixo solto pelo mar, tá la boiando e chega até Fernando de Noronha. , diz Vitor Quesada, biólogo do ICMBio.

Vida marinha em risco

Ainda que a correnteza leve a maior parte do lixo para o outro lado da praia, algumas coisas chegam até a piscina.

Quando esse lixo chega ali, ele impacta a vida animal: “Os animais começam a se alimentar desses plásticos. O plástico começa a se infiltrar também nos corais, nas pedras que tem dentro da piscina e soltar produtos químicos que são usados na fabricação deles”.

As piscinas naturais têm um papel importante para o desenvolvimento da vida marinha na ilha. “A piscina do Atalaia, como inúmeras outras piscinas aqui de Fernando de Noronha, funciona como um berçário, um lugar para os animais se desenvolverem porque é um ambiente mais calmo, sem muito predador, em que eles podem se desenvolver, acasalar, se refugiar…”, diz Quesada.

Noronha se prepara para a proibição da comercialização de descartáveis, que entra em vigor em abril, mas não consegue conter o lixo que chega com o mar.

Os voluntários do ICMBio costumam organizar mutirões de limpeza na área para tentar diminuir o impacto.

Diversos pedaços de plástico e até uma seringa são encontrados próximo à piscina natural do Atalaia em Fernando de Noronha — Foto: Fábio Tito/G1

Toneladas de plástico no mar

Um relatório de 2018 da associação das empresas de limpeza pública (Abrelpe) mostra que por ano, em média, 5,5 milhões de toneladas de plástico “vazam” para o meio ambiente. Isso significa que resíduos não recolhidos ou descartados em locais impróprios não têm o destino correto e muitos acabam nos oceanos.

O plástico representa uma grande parte disso. De acordo com o documento, os resíduos de plástico são claramente difundidos no meio marinho: “Representam 50 a 80% dos resíduos da costa e são comumente registrados como alguns dos itens mais comuns coletados durante levantamentos de praia e esforços de limpeza”.

A ONG Ocean Conservancy, que organiza mutirões de limpeza das praias e do mar em diversos países, inclusive no Brasil, recolheu 9 mil toneladas de lixo em 2018. Dentre os itens mais encontrados estão:

  1. Bitucas de cigarro
  2. Embalagens de comida
  3. Garrafas plásticas
  4. Tampinhas de garrafa
  5. Sacolas plásticas

Quesada cita ainda uma alternativa já testada em outros países: “São embarcações de coleta de lixo oceânico que coletam todo aquele lixo que está no mar, que já se transforma até em ilhas (de lixo)”.

Noronha está fazendo sua parte em relação ao plástico, mas o Atalaia é um retrato de que o problema do lixo e do plástico nos oceanos é global.

Fonte: G1


Tem 1.233 quilómetros de extensão e atravessa a Europa de Sul a Norte, desembocando no Mar do Norte – o Reno, eixo fulcral do transporte fluvial no velho continente, vem sendo intensamente afectado pelas alterações climatéricas e corre mesmo o risco de ver a sua utilidade logística evaporar-se com o seu próprio desaparecimento.

Além dos perigos ambientais, o fenómeno coloca em risco a utilidade logística e económica do rio – recorde-se que o trânsito fluvial pesado no rio Reno esteve parado durante um mês no final do ano passado, afectando o transporte de mercadorias no centro da Europa. A estagnação teve influência negativa na indústria alemã e, reporta a Bloomberg, abrandou significativamente o progresso económico na região durante o terceiro e quarto trimestres de 2018.

Foi o último grande aviso sobre os efeitos directos das alterações climáticas na flora do sistema logístico europeu – a paragem de um mês trouxe de novo à baila as preocupações com a viabilidade futura do Reno para o transporte fluvial de cargas e os especialistas temem que se perca um dos eixos mais centrais e conectáveis da Europa: o Reno desagua no Mar do Norte, em Roterdão (cidade que alberga o maior porto europeu), sendo uma via marítima prioritária de várias indústrias que se encontram nas suas margens.

À Bloomberg, vários donos de embarcações vincaram as suas preocupações, lembrando que «os níveis da água estão a diminuir todos os anos» – uma matéria aprofundada também em Portugal, pelo ‘Jornal Económico’. A solução, por agora, tem passado pela introdução de equipamentos extras de flutuação à embarcação de 150 toneladas, na tentativa de fazer subir a linha de água e conseguir colocar o barco em operação.

Mas os donos dos navios sabem que estão no limite da sua operacionalidade. Se as condições continuarem a degradar-se, é possível que o Reno perca a sua possibilidade de navegação, afectando todas as ligações intra-europeias que se efectuam há milhares de anos e que ligam Suíça, Alemanha e Holanda.

Fonte: Revista Cargo (Portugal)


Maior produtora privada de petróleo no Brasil, e uma das maiores parceiras da Petrobras na exploração do pré-sal, a Shell Brasil vai iniciar, este ano, uma ampla pesquisa sobre o ecossistema em águas profundas, uma região explorada há anos pela estatal brasileira. O estudo será feito em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP), que se dividirão em duas expedições pela costa Sudeste do país.

Para a pesquisa, será utilizada uma embarcação da Shell dotada de equipamentos de alta tecnologia, entre eles um veículo de operação remota. O objetivo, segundo a Shell Brasil, é reunir informações para conhecer melhor a região e tentar entender e reduzir o impacto da exploração do petróleo no meio ambiente.

A Shell está presente em grandes reservatórios do pré-sal brasileiro, como Lula e Sapinhoá, os dois maiores campos produtores de petróleo do país. Em novembro do ano passado, os dois campos produziram mais de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia, quase a metade da produção total de 2,5 milhões de barris diários registrados no último boletim de produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“Tornar nossas operações mais seguras e garantir a preservação da vida marinha sempre foram questões fundamentais para a Shell Brasil. Agora, com esse projeto, poderemos ir além, ajudando toda a indústria na compreensão desse ecossistema tão específico e pouco acessível, garantindo que ele seja conservado”, declarou em nota a gerente geral de Tecnologias de Subsuperfície da Shell Brasil, Aly Brandenburg.

Método

A equipe da UFRJ, com apoio também da Universidade de New South Wales, de Sydney, na Austrália, mapeará a diversidade de corais e esponjas, estudando como eles se adaptaram ao ambiente de mar profundo e como podem responder às mudanças e perturbações ambientais. Será construído um sistema avançado de aquário, conhecido como “Deep Sea Simulator”, para reproduzir e manipular as condições encontradas no fundo do mar e, em um segundo momento, os pesquisadores desenvolverão probióticos com consórcios microbianos benéficos (BMC, na sigla em inglês), que permitirão que corais lidem melhor com estressores ambientais, incluindo alterações climáticas.

Já os pesquisadores do Instituto Oceanográfico da USP irão procurar e monitorar sistematicamente as exsudações de petróleo e gás natural e as suas consequências para o ecossistema. O estudo permitirá, por exemplo, entender os microrganismos capazes de dispersar hidrocarbonetos, criando soluções para biorremediações.

Fonte: A Tribuna


O ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas anunciou retomada do transporte ferroviário com a concessão de três nova rodovias. Dentre elas, a licitação da Ferrogrão, prometida ainda para 2019 ou início de 2020.

“Vai ser a segunda revolução do agronegócio e vai um impacto enorme nos fretes”, ressaltou.

O anúncio foi publicado em vídeo nas redes sociais neste domingo (20). A Ferrogrão (EF-170) é projetada para ligar os estados de Mato Grosso e Pará, entre Sinop e o Porto de Miritituba, em Itaituba, na margem direita do rio Tapajós.

Em março, será lançada ainda a licitação de uma linha férrea que pretende ligar o Porto Nacional (TO) a Estrela d’Oeste(SP). “Com a concessão deste segmento vamos ligar Porto de Itaqui (MA) ao Porto de Santos (SP), formando uma grande espinha dorsal ferroviária”, disse.

Segundo Tarcísio de Freitas, com essas ações, a participação do modo ferroviário na matriz de transporte deve dobrar até 2025.

Integração do Centro-Oeste

Além da Ferrogrão, de acordo com o ministro, o governo fará uma prorrogação antecipada dos contratos de concessão, usando outorgas devidas pela prorrogação dos contratos para construir novos segmentos.

“A primeira ferrovia que vai ser construída desta forma vai ser a Ferrovia Integrada do Centro-Oeste, que vai ligar a produção, ligando Água Boa, em Mato Grosso a Campinorte, em Goiás. Impulsionando uma área de influência que representa praticamente R$ 16 milhões de toneladas no Vale do Araguaia”, disse o ministro.

“Vamos tirar caminhões das rodovias, diminuir os custos do Brasil e dar mais eficiência no transporte de cargas”.

Fonte: O Livre


A nova gestão dos Portos do Paraná vai trabalhar em parceria com a Marinha do Brasil para garantir mais segurança na navegação e no tráfego dos navios que operam no Estado. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) também atuará em conjunto com a Capitania dos Portos em estudos de dragagens e na adoção de um sistema de calado dinâmico, que pode melhorar o fluxo de cada manobra.

O tema foi discutido pelo diretor-presidente da Appa, Luiz Fernando Garcia da Silva, em reunião com o comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Claudio Henrique Mello Almeida; o atual capitão dos Portos do Paraná, capitão de Mar e Guerra Germano Teixeira da Silva; e o capitão de Mar e Guerra Rogério Machado que assumiu no dia 17/01.

“Queremos atuar em parceria com a Marinha desde o início dos estudos. O calado dinâmico já está sendo implantado no Porto de Santos e é uma alternativa que otimiza as dragagens e determina qual o calado máximo para cada manobra, de acordo com o tipo do navio, velocidade, movimento das ondas e vento”, explica Luiz Fernando.

Segundo o comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Claudio Henrique Mello Almeida, a preocupação com segurança deve pautar a relação nos próximos anos. “A expectativa é que, a partir da retomada do crescimento econômico, o pais tenha um aumento da atividade portuária. Assim, devem aumentar também as ações para segurança do tráfego aquaviário”, disse.

Para o novo capitão dos Portos do Paraná, capitão de Mar e Guerra Rogério Machado, a atuação deve beneficiar todo o Litoral do Estado. “O porto tem uma grande participação no contexto de segurança e melhoria, já tem uma parceria histórica com a Marinha, e agora nós vamos trabalhar juntos para que a região possa crescer”, adianta.

CRESCIMENTO: No ano passado, 2.322 navios atracaram nos Portos de Paranaguá e Antonina e nos terminais privados que operam no Litoral do Paraná. Para não comprometer a chegada de navios é preciso investir em manutenções periódicas e retirar a areia que vai se depositando no fundo do mar. Além disso, é preciso realizar dragagens de aprofundamento, que aumentam a profundidade em que o navio fica submerso na água – o chamado calado.

Com investimento de mais de R$ 400 milhões, do Governo Federal, o Canal da Galheta teve o calado ampliado de 15 para 16 metros. As áreas intermediárias passaram a ter 15 metros e a profundidade na baía de evolução chegou a 14 metros. Nos berços de atracação, o calado agora é de 13,8 metros.

A iniciativa aumentou a capacidade de carga por navio e dá condições de receber embarcações maiores, como porta-contêineres de 368 metros e graneleiros com capacidade de embarque de 100 mil toneladas. Com isso, a estimativa é movimentar 3,8 milhões de toneladas a mais, por ano.

Fonte: Appa

 


As exportações do agronegócio do Brasil atingiram um recorde nominal de 101,7 bilhões de dólares em 2018, alta de 5,9 por cento ante 2017, informou nesta sexta-feira o Ministério da Agricultura, destacando o apetite chinês por produtos nacionais.

O recorde anual anterior ocorreu em 2013, quando o país exportou 99,9 bilhões de dólares. O Brasil é o maior exportador global de itens como açúcar, café, suco de laranja e soja.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do ministério, as exportações para a China aumentaram em 9 bilhões de dólares no ano passado, à medida que o gigante asiático se voltou principalmente à soja brasileira, dada a guerra comercial entre Pequim e Washington.

No complexo soja, o grão foi o principal produto exportado, com volume recorde de 83,6 milhões de toneladas em 2018. Segundo o boletim da secretaria, “o incremento na quantidade exportada não ocorreria sem a forte demanda chinesa”.

Já o comércio de carne bovina in natura atingiu volume recorde na série histórica iniciada em 1997. No ano passado, foram exportadas 1,35 milhão de toneladas (+12,2 por cento), sendo 322,3 mil toneladas à China.

A celulose também registrou bom desempenho em 2018, graças à demanda da China, disse a secretaria do ministério.

Fonte: Reuters


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